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Ucrânia: outros 48 soldados russos serão julgados por crimes de guerra

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Após primeira condenação desde o início da guerra, procuradora-geral da Ucrânia anuncia que mais 48 militares devem passar por julgamento

Por Metrópoles

Matthew Hatcher/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, afirmou que mais 48 soldados russos serão julgados por crimes de guerra. Nesta segunda-feira (23/5), o sargento russo Vadim Shishimarin, de 21 anos, foi condenado à prisão perpétua após atirar e matar um civil ucraniano. É a primeira condenação desde o início do conflito.

A declaração foi dada durante participação da procuradora-geral no Fórum Econômico Mundial, em Davos. “Já identificamos cerca de 13 mil casos relacionados apenas a crimes de guerra. Nesta categoria, foram relatadas suspeitas de [cerca de] 49 indivíduos, que começamos a processar [por] crimes de guerra.”

De acordo com Venediktova, o governo ucraniano tem uma lista de cerca de 600 suspeitos envolvidos em crimes de guerra. Dois casos com três suspeitos já estão em julgamento.

A autoridade ucraniana afirmou ainda que a grande quantidade de denúncias contra a Rússia sugerem uma tolerância ou encorajamento de crimes de guerra contra a população ucraniana.

“Populações e bens civis – incluindo hospitais, instalações educacionais e edifícios residenciais – são alvos de uma forma generalizada e sistemática”, afirmou Venediktova.

Até o momento, cerca de 4.600 civis morreram em razão do conflito armado entre Rússia e Ucrânia. Segundo a procuradora-geral, o número real pode ser ainda maior.

Primeira condenação

O sargento russo Vadim Shishimarin, de 21 anos, foi condenado nesta segunda-feira (23/5) à prisão perpétua após atirar e matar um civil ucraniano. A condenação é a primeira considerada como crime de guerra a ser julgado na Ucrânia desde o início do conflito com a Rússia, que completa três meses nesta semana.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da Ucrânia, Shishimarin estava em um carro quando atirou contra um cidadão ucraniano de 62 anos que andava por uma rua de Kiev, capital do país, em 28 de fevereiro.



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