Em uma coletiva de imprensa, a delegada Ingrid Brandão explicou como a quadrilha atuava. “Pelo material apreendido a gente consegue deixar bem claro que tudo era feito por ponto eletrônico e as informações eram repassadas por esse sistema de transmissão”, disse Ingrid.
Conforme a Draco, a quadrilha foi presa perto da faculdade, em Porto Velho. Em um dos casos foi realizada uma perseguição para conseguir deter o suspeito. Com eles foram apreendidos ainda os objetos usados no crime, como rádios transmissores e pontos eletrônicos.
Após a faculdade aplicar a prova, a polícia identificou que 15 candidatos tinham comprado o serviço de transmissão para receber as respostas das questões por ponto eletrônico. Destes, sete foram presos em flagrante pelos agentes da Draco.
O diretor da faculdade onde o vestibular de medicina foi aplicado, Aparício Carvalho, contou como descobriu a fraude. “Nós passamos a comparar o caderno de questões de diversos alunos com o gabarito e víamos que eles não faziam cálculos. Com isso procuramos a Draco para que essa quadrilha fosse localizada e presa”, disse Carvalho.
Os candidatos presos foram flagranteados e levados para a Central de Polícia. Possíveis alunos que tenham participado do esquema de fraude podem ser expulsos da faculdade, segundo o diretor da instituição.
Apenas três suspeitos pagaram fiança de dez salários mínimos. Os demais foram encaminhados para audiência de custódia.