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Presidio de Rondônia vai abrigar presos que representam ameaça à Olimpíada

A possibilidade de uma rebelião no sistema penitenciário do Rio durante os Jogos Olímpicos motivou a transferência de 17 presos do complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste da cidade.

Eles foram levados na madrugada da última sexta-feira (22) para três presídios federais de segurança máxima: Catanduvas (Paraná), Mossoró (Rio Grande do Norte) e Porto Velho (Rondônia).

A Folha apurou que um levantamento do setor de inteligência da secretaria estadual de Segurança Pública do Rio identificou um miliciano e 16 chefes de facções criminosas do tráfico de drogas como potenciais ameaças à ordem pública.

O relatório mostrou que esses líderes tinham influência dentro do sistema carcerário. A partir desta informação, o próprio secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, requisitou a transferência dos presos.

Desta forma, o governo espera eliminar a chance de um motim durante a Rio-2016, que implicaria no deslocamento de tropas do esquema de segurança olímpico para conter a situação dentro de Bangu.

A mudança para as penitenciárias federais foi solicitada pelo juiz Eduardo Oberg, titular da Vara de Execuções Penais (VEP) do Rio. Ele disse à Folha que a transferência ocorreu de maneira mais rápida do que o habitual pela proximidade da Olimpíada, que começa em 5 de agosto.

“A transferência foi tão rápida por causa da Olimpíada. Em geral, eles vão aos poucos. Decidiu-se tirar de uma só vez os presos mais perigosos para que haja mais segurança nesse período”, acrescentou Oberg.

O magistrado citou evidências de comunicação entre detentos e criminosos fora da prisão. “Era necessário retirá-los para diminuir a influência deles em suas áreas de atuação”, disse.

Em nota oficial, a pasta comandada por Beltrame negou que a segurança na Rio-2016 tenha influenciado a transferência dos 17 presos. Disse que este procedimento já estava previsto. “Os pedidos de transferência da secretaria são feitos periodicamente com base em investigações da subsecretaria de Inteligência”.

Outros 15 presos foram levados para penitenciárias federais em junho deste ano, após criminosos armados resgatarem o traficante conhecido como Fat Family, dentro do Hospital Municipal Souza Aguiar. A ação deixou um morto.


Fonte: Folha Uol

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