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Homem de 62 anos é considerado suspeito de ataque a tiros em metrô de Nova York

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Frank James é descrito como ‘rude e frio’ por vizinho; emissoras de TV chegaram a dizer que ele havia sido preso, mas voltaram atrás

Imagens divulgadas pela polícia de Nova York de Frank James, a “pessoa de interesse” ligada ao ataque a tiros no metrô de Nova York Foto: Divulgação / Departamento de Polícia de Nova York

NOVA YORK — A polícia de Nova York considera Frank James, de 62 anos, suspeito de cometer o ataque realizado no metrô nesta terça-feira — até terça-feira ele era considerado como “pessoa de interesse”.

O homem é o responsável por alugar uma van que pode estar ligada à ação criminosa, que deixou 29 feridos, incluindo dez com ferimentos à bala. Nesta quarta-feira, 16 feridos foram liberados. Cinco ainda continuam internados, em condição estável.

As emissoras “ABC” e “Fox News” chegaram a dizer que James havia sido preso na manhã desta quarta-feira, mas voltaram atrás. Ele tem endereços em Wisconsin e na Filadélfia, e as autoridades estão oferecendo uma recompensa de US$ 50 mil (R$ 235 mil) por sua captura.

O prefeito de Nova York, Eric Adams, prometeu levar o suspeito à justiça e disse aos nova-iorquinos para permanecerem vigilantes durante o dia.

— Está claro que esse indivíduo queria criar terror e violência. Sabemos que ele queria trazer o terror para o sistema (do metrô) com uma máscara de gás, uma arma, vários pentes, bomba de fumaça — afirmou em entrevistas às redes MSNBC e CNN, nesta quarta-feira.

Rude e frio

Nesta terça-feira, o New York Times entrevistou uma vizinha de Frank James, que disse que James foi rude e frio com ela, e certa vez a confrontou por causa de uma chave deixada na porta do apartamento dela.

A vizinha, Keilah Miller, disse que não via James desde o fim de março — uma cronologia alinhada com a descrição de James de suas viagens recentes, postada em um vídeo no YouTube no mês passado.

Miller, de 32 anos, disse que morava em uma unidade adjacente a James, e que ele se mudara ao sobrado de dois andares na cidade de Milwaukee no ano passado.

Ela contou que o ouviu gritar no telefone várias vezes, incluindo uma conversa em que ele reclamou de pessoas ignorantes. Depois que ela erroneamente deixou a chave na fechadura, eles tiveram uma discussão em que ela se lembrou dele gritando: “nunca mais faça isso!”.

Segundo ela, James descia para a rua quase todas as manhãs, mas nunca a cumprimentava.

— Se eu dissesse: “olá, bom dia”, ele apenas resmungaria para mim como se fosse um velho negro mal-humorado — disse Miller, que é negra. — Ele é um vizinho muito estranho.

Em certo momento, um amigo que entrou por engano no apartamento de James, segundo ela, descreveu-o como “sujo e bagunçado”. Miller disse que nunca tinha visto outra pessoa com ele.

Considerado primeiramente uma “pessoa de interesse” no caso, James agora é tratado como suspeito do ataque, segundo disse o prefeito Eric Adams em entrevista à CNN nesta quarta. Na terça, a polícia disse ter encontrado a chave de uma van da empresa U-Haul que ele havia alugado entre os pertences do atirador no local do tiroteio — até aquele momento, porém, a corporação não havia afirmado se considerava que ele era o atirador.

Um ex-vizinho de um apartamento em Milwaukee em que James morava anteriormente disse que James era quieto e mancava, acrescentando que o fato dele estar relacionado ao tiroteio era uma surpresa.

O vizinho, Mike Lopez, de 38 anos, disse que nunca falou com James, mas muitas vezes o viu empurrando um carrinho pequeno com mantimentos ou outros pertences.

— Eu não o via como uma ameaça ou nada — disse Lopez. — Quero dizer, eu não o vejo tão capaz assim. Ele não pode se mover assim, cara. Ele não era rápido.

Em um vídeo postado no YouTube, James descreveu seu plano de fazer as malas em seu apartamento em Milwaukee e dirigir um veículo alugado da U-Haul alugado para a Filadélfia, onde ele disse ter alugado um lugar para ficar.

No vídeo, ele descreve sua preocupação em retornar à Filadélfia, que ele chama de “zona de perigo”.

— Na viagem, estou apenas pensando porque estou voltando para a zona de perigo, por assim dizer, e isso está provocando muitos pensamentos negativos — disse ele — Porque tenho um caso grave de estresse pós-traumático de todas as coisas pelas quais passei.

Fonte: O Globo
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