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Desvios da Previdência Social de Rondônia poderia chegar a R$ 250 milhões, diz PF

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Segundo a Polícia Federal (PF), o desvio de verbas da Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho (Ipam) poderia chegar a R$ 250 milhões a longo prazo. A organização criminosa que articulava o esquema de desvio foi desmascarada nesta segunda-feira (12), durante a deflagração da Operação Imprevidência. A PF também explicou que o grupo criminoso oferecia e pressionava servidores públicos por meio de propina, e que uma das empresas fraudulentas que receberia o dinheiro é de São Paulo e foi citada na Operação Lava Jato.

“O modo de atuação era através de pessoas intermediárias que vendiam fundos fraudulentos e tinham como alvo o Ipam e outros fundos de previdência no interior de Rondônia. Uma vez colocado dinheiro nesse tipo de fundo, toda verba dos servidores municipais estaria perdida. O prejuízo inicial seria de R$ 80 mi e a longo prazo de R$ 250 mi”, explicou o delegado chefe das investigações, Bernado Guirdale Amaral.

Os envolvidos foram levados para sede da Polícia Federal para serem ouvidos e podem responder pelos crimes de organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção ativa.

Operação da PF evitou desvio de R$ 80 milhões em Porto Velho (Foto: Matheus Henrique/G1)

Em entrevista coletiva, o prefeito Mauro Nazif negou envolvimento do irmão, Gilson Nazif, com qualquer esquema fraudulento. “Ele (Gilson) foi convidado a comparecer à sede da Polícia Federal na condição de testemunha e, depois de ser ouvido, foi liberado”, disse o prefeito.

Mauro Nazif negou ainda que sua campanha tenha sido financiada pela empresa que estaria sendo investigada pela PF. Não temos qualquer vínculo com essa empresa. Quanto a ação da PF. O prefeito demonstrou apoio a ação, dizendo que a PF tem obrigação de investigar qualquer indício de irregularidade. “Eles cumpriram o papel deles e o resultado está aí, meu irmão está em liberdade”, salientou.

As investigações ainda estão em andamento e, conforme novos desdobramentos, outras pessoas devem ser ouvidas pela PF.

Operação Imprevidência
Ao todo, a PF cumpriu 30 mandados judiciais, duas prisões temporárias em Rondônia e duas em São Paulo. Sete conduções coercitivas, quatro foram realizadas em Porto Velho. A Polícia também realizou buscas em órgãos, nas casas dos envolvidos e empresas em busca de documentos e computadores. Cerca de 73 agentes participaram da ação policial.

Segundo a PF, as investigações evitaram um desvio de R$ 80 milhões que seriam investidos em fundos fraudulentos, em troca, grupo receberia valores para campanha de reeleição do prefeito da capital.

PF realizou buscas na casa do irmão de prefeito de Porto Velho (Foto: Matheus Henrique/G1)
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