Leis melhores, mais transparência, maior engajamento popular e melhor atuação do Judiciário: pode não parecer, mas o Brasil tem avanços para mostrar.
O Dia Internacional contra a Corrupção, comemorado em 9 de dezembro, foi criado em 2003 pelas Nações Unidas para lembrar aos países que a corrupção, assim como a pobreza, a fome e as doenças, é um mal que precisa ser combatido com seriedade e urgência.
No Brasil, os escândalos de desvios de dinheiro noticiados quase que diariamente reforçam a noção comum de que o país tem fracassado no combate à corrupção. O Brasil ocupa hoje o 76º lugar no IPC (Índice de Percepção de Corrupção) de 2015, a edição mais atual do ranking elaborado pela organização Transparência Internacional. O indicador, considerado um dos medidores de corrupção mais relevantes do mundo, reflete o grau de transparência do setor público de 168 países. No ano passado, o Brasil dividiu o posto amargo (76º) com Bósnia e Herzegovina, Burkina Faso, Índia, Tailândia, Tunísia e Zâmbia.
O Brasil piorou tanto sua posição quanto sua nota e teve o pior desempenho de um país no levantamento, na comparação de 2014 para 2015. No ano retrasado, havia ficado em 69º lugar, de um total de 175 nações avaliadas. Quanto à pontuação – que vai de 0 (muito corrupto) a 100 (muito transparente) – o Brasil somou 38 pontos em 2015, ante 43 pontos da média mundial.